Na perfeição pura do elemento inicial
as árvores respiram as constelações, a seiva,
a argila, os rostos do tempo,
todos os despojos do subterrâneo e do sopro estelar.
Nenhuma presença se perde no fulgor do milagre.
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Categoria: Dentro das Palavras Abertas {poesia}
A Flor do Novo Mundo
Entre o começo e o fim da Terra,
a flor deixou de ser a graça que recaía no tempo.
Talvez esteja mortificada sob o vácuo da matéria,
mas respira inteira na caverna da criação.
Viva na delicadeza dos cristais, aspira a um novo encontro,
a um novo anúncio, a uma ordem elevada sobre os divinos templos.
Completa, ela abre a linguagem que cresce no compasso do novo mundo.
Foto: Takashi Suzuki