Hana e a Dança da Alma

Ouviam-se cantar os pardais, o sibilar brando do vento, o ruído dos riachos. A estes sons misturava-se o murmúrio da sua própria voz que monologava dentro, plangente e arrastada. O corpo avançava lento, atraído por um halo de ópio que parecia atravessar todo o espaço. Os grandes troncos de bambus pareciam seres ondulantes que comunicavam num outro plano, num outro sistema, numa intimidade única onde não cabe as coisas mundanas. Continue reading